POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO: "Ser cidadão no lugar" "Os lugares são pois, o mundo", afirmou Milton Santos, em seu livro: Por uma outra globalização. O texto abaixo encontra-se na íntegra, no subcapítulo [18. A esquizofrenia do espaço]. Nas condições atuais, o cidadão do lugar pretende instalar-se também com cidadão do mundo. A verdade, porém, é que o "mundo" não tem como regular os lugares. Em consequência, a expressão de cidadão do mundo, torna-se um voto, uma promessa, uma possibilidade distante. Como os atores globais eficazes são, em última análise, anti-homem e "anticidadão", a possibilidade de existência de um cidadão do mundo é condicionada pelas realidades nacionais. Na verdade, o cidadão só o é (ou não é) como cidadão de um país. A base para "ser cidadão em um lugar", depende de soluções a serem buscadas localmente, desde que, dentro na nação, seja instituída uma federação de lugares (...) A base geog...