Pular para o conteúdo principal

Milton Santos: "Por uma pedagogia da existência".



"A pedagogia crítica abre um espaço para que os alunos, sejam capazes de assumir o poder como agentes críticos, uma liberdade para questionar e  e afirmar" *

Huertas-Charles

"Por uma pedagogia da existência". 

Isso, não é tudo. A consciência da diferença pode conduzir simplesmente à defesa individualista do próprio interesse, sem alcançar a defesa de um sistema alternativo de ideias e de vida. De um ponto de vista das ideias, a questão central reside no encontro do caminho que vai do imediatismo às visões finalísticas; e de um ponto de vista da ação, o problema é ultrapassar as soluções imediatistas (por exemplo, eleitoralismo interesseiros e apenas provisoriamente eficazes) e alcançar a busca política genuína e constitucional de remédios estruturais duradouros.

Nesse processo, aforma-se, também, segundo novos moldes, a antiga oposição entre o mundo e o lugar. A informação mundializada. permite a visão, mesmo em 'flashs', de ocorrências distante. O conhecimento de outros lugares, mesmo superficial e incompleto, aguça curiosidade. Ele é certamente um subproduto de uma informação geral enviesada, mas, se for ajudado por um conhecimento sistêmico do acontecer global, autoriza a visão de história como uma situação e um processo, ambos críticos. 


“Aprender, desde que seja útil”. É por isso, que existe a necessidade de romper com a lógica do capital, se quisermos contemplar a criação de uma alternativa educacional significativa e diferente. A frase acima,  é da abertura do primeiro capítulo do livro: A educação para além do capital. De István Mészáros.

Depois, o problema crucial é: como passar de uma situação crítica a uma visão crítica -e, em seguida, alcançar uma tomada de consciência. Para isso, é fundamental viver a própria existência como algo de unitário para substituir e resistir, para poder pensar o futuro. Então a existência é produtora de sua própria pedagogia".









Clique aqui e tenha acesso ao texto: Na íntegra: "A incorrigível lógica do capital e seu impacto sobre a educação" por István Mészáros 






*Traduzido do original.
Huerta-Charles, Luis, “Pedagogía del testimonio: reflexiones sobre la pedagogía de la pedagogía crítica”, en: Peter McLaren y Kincheloe, Joe L. (Eds.), Pedagogía Crítica. De qué hablamos, dónde estamos, Grao, Barcelona, 2008, pp. 339 – 355.
REFERÊNCIAS: POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO. EDITORA: RECORD, 2008. PÁGINAS:115-116.



Esta publicação e até mesmo a edição da mesma. Sem fins lucrativos e cite a fonte. Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

TARSILA DO AMARAL E AS PAISAGENS BRASILEIRAS + sugestão de atividade

Tarsila do Amaral e as paisagens brasileiras¹ O olhar de Tarsila sob a paisagem da vida cotidiana, rica em elementos que retratam diversas paisagens de nosso país. EXEMPLO: "Morro de Favela" 1924-  O Morro de Favela compõe uma paisagem de uma cidade múltipla, partes dos elementos continuam no passado. Nesta obra está presente a separação do campo e a cidade, e como a urbanização brasileira, há o contraste da pobreza e riqueza. A obra registra a marginalização da população pobre e e a miserabilidade dos negros no Brasil. A tela mostra a pobreza das casas amontoadas e roupas despenduradas.   As paisagens da Tarsila fundem as ideias do desenvolvimento industrial e urbano com a (re) descoberta do Brasil, da cultura popular e do passado colonial. A paisagem brasileira é rica em elementos e retratam diversas paisagens do país. Sugestão de atividade Esta publicação é uma possibilidade de trabalho interdisciplinar entre a Geografia, História e a Arte, lembrando

TRÊS DEFINIÇÕES DA POBREZA- Milton Santos (Pobreza Urbana e Por uma outra globalização)

TRÊS DEFINIÇÕES DA POBREZA- Milton Santos (Pobreza Urbana e Por uma outra globalização)  Antes das definições dos "três tipos de pobreza, é importante compreender o que, a pobreza, pela ótica de Milton Santos, no livro: “Pobreza Urbana”: “o termo pobreza, não só implica um estado de privação material como também um modo de vida - um conjunto complexo e duradouro de relações e instituições sociais, econômicas, culturais e políticas, criadas para encontrar a segurança dentro de uma mesma situação insegura” (...) * É importante compreender que, o assunto exige de nós uma ótima dinâmica, onde todos os fatores (internos e externos), devem ser levados em consideração, caso ocorra o contrário, estaríamos correndo o risco de buscar soluções parciais e contraditórias. E tais medidas parciais e contraditórias são considerados pelo autor, como, maneira de “esquivar-se ao problema da pobreza”, ignorando que a nossa sociedade é dividida em classes e desiguais, por sinal.

''A mixofobia'', por Zygmunt Bauman

''A mixofobia'', por Zygmunt Bauman O sociólogo polonês Zygmunt Bauman utilizou o conceito de “Modernidade Líquida” (ou “Pós-Modernidade”) como forma de explicar como se processam as relações sociais na atualidade. Para Bauman, a modernidade “sólida”, forjada entre os séculos XIV e XV e cujo apogeu se deu nos séculos XIX e XX, teve como traço básico a ideia de que o homem seria capaz de criar um novo futuro para a sociedade, que cresceria em paralelo a uma vida enraizada em instituições fortes e presentes, como o Estado e a família. A confiança no homem e em sua capacidade de moldar o próprio futuro seria o principal traço desse período. Segundo Bauman, a partir das últimas décadas, sobretudo após a queda do Muro de Berlim, em 1989, essa modernidade “sólida” estaria em desintegração e seria gradualmente substituída por uma modernidade “líquida”. A palavra liquidez remete à fluidez, ausência de forma definida, velocidade, mobilidade e inconsistência. Esses ser