A classe hegemônica impõem uma educação para o trabalho alienado, segundo István Mészáros
Ilustração: Capitalismo para principiantes. Carlos Eduardo Novaes. página:181. |
Aprender, desde que seja útil: Educar não é a mera transferência de conhecimentos, mas sim conscientização e testemunho de vida. É construir, liberar o ser humano de cadeias do determinismo neoliberal.
Mészáros defende uma educação que supere a lógica do capital, que por sinal, é um fator que nos torna ainda mais individualistas.
Segundo Gramsci, “educar é por fim à separação entre o Homo faber e o Homo sapiens”, e possibilitar uma educação emancipatória. Que a educação não fique estrita somente no campo da pedagogia, mas de sair às ruas, para os espaços públicos, e abrir-se para o mundo.
Para o autor, a educação poderia ser uma alavanca essencial para a mudança, porém, infelizmente, “tornou-se instrumento dos estigmas da sociedade capitalista: fornecer conhecimentos e o pessoal necessário a maquinaria produtiva de expansão do sistema” p.16.
Mészáros sustenta que, a educação deve ser:
(...) “Continuada, permanente, ou não é educação. Defende a existência de práticas educacionais que permitam aos educadores e alunos trabalharem as mudanças necessárias para a construção de uma sociedade na qual o capital não explore mais o tempo de lazer, pois as classes dominantes impõem uma educação para o trabalho alienado, com o objetivo de manter o homem dominado” p. 12
Poderíamos concluir que o autor, nos propõe então, uma educação libertadora? Sim.
Uma educação libertadora cuja função é “transformar o trabalhador em um agente político, que pensa, que age, e que usa a palavra como arma para transformar o mundo” p. 12
Assim como pensou Marx, Mészários também acredita que uma sociedade só é capaz de ser transformada por meio de luta de classes.
“É necessário romper com a lógica do capital se quisermos contemplar a criação de uma alternativa educacional significantemente alternativa” p. 27
Não pensemos que a transformação da educação, proposta por Mészáros seja de cunho reformista, o mesmo deixa em evidência tal observação, partindo da premissa de que o capital é irreformável, portanto, a mudança é radical, e não reformista. (o autor faz estas observações na p.12).
Encerro esta breve reflexão, com uma mensagem do autor, que dedico à todos os educadores que em meio as dificuldades, tentam promover uma educação emancipatória.
“Os que lutam contra a exploração, a opressão, a dominação e a alienação – isto – é contra o domínio do capital têm como tarefa educacional a transformação social ampla emancipadora”. p.18
EDIÇÃO E SÍNTESE: FERNANDA E. MATTOS, AUTORA E COLUNISTA. PÓS GRADUADA EM GEOGRAFIA, PELA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA. REFERÊNCIAS: MÉSZÁROS ISTVÁN. A EDUCAÇÃO PARA ALÉM DO CAPITAL. 2ªED. EDITORA BOITEMPO, 2008. P.42-46.
Esta publicação e até mesmo a edição da mesma. Sem fins lucrativos e cite a fonte. Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
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