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“Não queremos fogos em nosso quintal” – Ronald Reagan e as ações intervencionistas dos Estados Unidos na América Latina



“Não queremos fogos em nosso quintal” – Ronald Reagan e as ações intervencionistas dos Estados Unidos na América Latina

“O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil.” A frase do embaixador Juracy Magalhães era usada para ironizar os “entreguistas” nos anos 1970 a 90. O Brasil não é o único país latino a sofrer as interferências de ordem política e econômica, no decorrer do texto, são citados alguns (mas, nem todos) dos países que também sofreram intervenções.  
Há mais de um século a América Latina constituiu uma região onde a influência norte americana é muito grande. Qualquer problema que ocorra na região interessa, em maior ou menor grau, à grande potência do norte. Seus sucessivos governantes têm considerado a América Latina como uma área de importância vital aos seus interesses econômicos, políticos e estratégicos. 

Ronald Wilson Reagan foi um ator e político norte-americano, o 40.º presidente dos Estados Unidos e o 33.º governador da Califórnia.
Os Estados Unidos, promoveu ações em diversos países, de diferentes continentes, inclusive. Cabe a esta síntese, elencar as intervenções realizadas na década de 1980, no período em que Reagan ficou no poder, como presidente dos Estados Unidos.
O que se sabe, o Brasil também sofreu (e até hoje) intervenções do governo norte-americano, porém, não será citado no texto abaixo.

Durante os dois mandatos consecutivos exercidos por Ronald Reagan (1981/1989), algumas das velhas práticas intervencionistas voltaram a ser utilizadas pelos Estados Unidos.
Em 1982, os Estados Unidos apoiaram decisivamente a Grã-Bretanha para reconquistar as Ilhas Malvinas (ou Falklands). Essas ilhas, a aproximadamente 500 quilômetros da costa sul da Argentina, passaram a ser objeto de litígio entre as duas nações desde o século passado. Esse apoio dado à Grã-Bretanha abriu uma espécie de fosso entre os Estados Unidos e os países latino-americanos, que em sua maioria, apoiaram a Argentina. Essa ajuda feria a essência do Tratado Interamericano de Ajuda Recíproca (Tia, ou Pacto do Rio), de 1949, cujo principal objetivo era estabelecer a defesa mútua dos Estados Unidos do continente em caso de agressão extracontinental.

Página: 12. 
Outra prática intervencionista aconteceu a partir de 1981, quando o governo norte americano, passou a apoiar grupos armados de oposição, que lutavam contra o governo de esquerda que estava no poder na Nicarágua.

Em 1983, atendendo ao apelo de uma obscura organização de países das Pequenas Antilhas, a Organização dos Estados Unidos do Caribe Oriental, os Estados Unidos enviaram seus marines e ocuparam a ilha de Granada. Esse pequeno país era acusado de estar se transformando numa base logística de Cuba e da União Soviética.

Já nos casos de  El Salvador e Guatemala, onde guerrilhas de esquerda teve dupla atuação: forneceu, de um lado, ajuda para conter a expansão da guerrilha e, de outro, incentivou a substituição desses regimes autoritários por governos civis, eleito pelo voto, mas totalmente afinados com o governo norte-americano.

Em 1986, os Estados unidos, tentavam evitar que governos extremamente impopulares, mas aliados, fossem derrubados por revoluções que colocassem no poder governantes hostis a seus interesses. “Novas Nicarágua”, não seriam permitidas em hipótese alguma.

A última grande intervenção norte-americana dos anos 80, ocorreu na última semana de 1989, com a invasão do Panamá, pelas Forças Armadas dos Estados Unidos.

Se durante a década de 1980, a América Latina marcou passo no campo econômico, no campo político assistiu a uma verdadeira “festa da democracia”. No final dessa década, as ditaduras (tanto civis, como militares), espécie de marca registrada dos regimes latino-americanos, tinham praticamente desaparecido do continente.



Cartaz: Ronald Reagan e Margaret Thatcher com base no cartaz de filme para "Gone with the Wind". Muito popular na época era um cartaz, que ironiza "o relacionamento especial, entre Reagan e Thatcher. O cartaz parodiando o filme Gone With the Wind, representava Thatcher nos braços de Reagan.
A ideia por trás desse cartaz era que todos nós iremos embora com o vento por causa de um inverno nuclear provocado por esses guerreiros. O cartaz original é referente ao filme, "E o vento levou", que mostra a vida da bela petulante do sul, Scarlett O'Hara. Começando pela expansão de uma plantação extensa, o filme traça sua sobrevivência na trágica história do sul durante a Guerra Civil e Reconstrução. Mostra, ainda, seus casos de amor com Ashley Wilkes e Rhett Butler.












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