Utilize os poemas de Bertolt Brecth em suas aulas! - #02 "Ó Alemanha, pálida mãe!"
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“que outros falem da sua vergonha,
eu falo da minha”.
Ó Alemanha, pálida mãe!
Como apreces machada
Entre as nações
Entre os imundos
Te destacas.
De teus filhos o mais pobre
Jaz abatido
Quando sua fome era grande
Teus outros filhos
Ergueram a mão conta ele.
Isso ficou notório
Com as mãos assim erguidas
Erguidas contra seu irmão
Passeiam insolentes à tua volta
E riem na tua cara.
Isto é sabido.
Em tua casa
Grita-se alto mentira
Mas a verdade
Tem que calar.
Então é assim?
Por que te louvam os opressores em
roda, mas
Os oprimidos te acusam?
Os explorados
Te apontam com o dedo, mas os exploradores
elogiam o sistema
Engendrando em tua casa!
E nisso te veem todos
Esconderes a barra do vestido,
ensanguentada
Do sangue do teu
Melhor filho.
Ouvindo as falas que vêm da tua casa,
rimos.
Mas quem te vê, corre pegar a faca
Como à vista de u facínora.
Ó Alemanha, pálida mãe!
Como te trataram teus filhos
Que assim apareces entre os povos
Um escárnio e um pavor!
CLIQUE AQUI, E ACESSE O OUTRO POEMA: "ESSE DESEMPREGO".
EDIÇÃO E SÍNTESE: FERNANDA E. MATTOS, AUTORA E COLUNISTA DO BLOG UM QUÊ DE CRÍTICA NA GEOGRAFIA. REFERÊNCIA: BERTOLT BRECHT, POEMAS 1913-1956, EDITORA 34. PÁGINA: 117. Esta publicação e até mesmo a edição da mesma. Sem fins lucrativos e cite a fonte. Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
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